Quando o assunto é saúde, o cuidado e o controle da qualidade laboratorial na prestação de serviço devem ser ainda mais rigorosos. Com isso, uma das preocupações dos laboratórios de análises clínicas é adequar sua operação de acordo com as exigências dos órgãos regulatórios para atestar aos clientes que seus serviços são seguros e confiáveis.
Embora não seja obrigatória no Brasil, a acreditação laboratorial avalia o estabelecimento por meio de uma auditoria e verifica se ele atende aos requisitos predeterminados para exercer as tarefas a que se propõe. É uma iniciativa valiosa para incentivar a melhoria contínua.
Na busca pela conformidade
De acordo com a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), menos da metade dos 16 mil laboratórios privados de diagnóstico do país possuem algum tipo de averiguação interna de qualidade.
O fato é grave. Afinal, as alterações nos resultados de exames poderiam ser evitadas se houvesse um controle de qualidade em diversos fatores que podem ocasionar falhas como: erros na calibração de equipamentos, validade vencida dos reagentes, temperatura elevada no laboratório ou nos equipamentos de conservação, por exemplo.
Que tipo de acreditação é a mais indicada?
Existem diferentes tipos de acreditações laboratoriais que são capazes de ajudar no processo de controle da qualidade.
Para definir qual é a mais indicada é importante levar em consideração o momento pelo qual o laboratório está passando e, assim, definir o principal objetivo da instituição.
O próximo passo é reunir a equipe e compartilhar as etapas do processo de conquista da acreditação. Afinal, todos serão mobilizados para alcançar o resultado final.
Entenda as diferentes acreditações
Os órgãos de controle como ISO 9002, CAP (Colégio Americano de Patologistas) e PNCQ (Programa Nacional de Controle de Qualidade), por exemplo, normatizam e certificam os procedimentos realizados dentro do laboratório. Já a RDC 302/2005, da ANVISA, realiza um rígido controle da qualidade laboratorial interna e externa.
Os programas de acreditação, como o ONA (Organização Nacional de Acreditação) e o PALC (Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos/SBPC) coordenam o processo para a Acreditação de Serviços e Programas da Saúde.
O PALC, por exemplo, tem o objetivo de auxiliar no desenvolvimento da qualidade dos laboratórios clínicos no Brasil. O programa evoluiu até tornar-se o maior programa latino-americano de acreditação laboratorial. Para manter essa certificação é necessário que o laboratório se mantenha atualizado constantemente.
O mesmo rigor deve ser utilizado na aquisição de insumos. A portaria CVS-13, de 04-11-2005, publicada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), define normas que devem ser colocadas em práticas no que se refere à utilização e qualidade dos insumos dentro do laboratório de medicina diagnóstica. Trata-se de uma medida necessária para aumentar o controle de qualidade laboratorial.
A conquista dessas acreditações confere um importante diferencial aos laboratórios, pois atesta que estão aptos para prestarem serviços de qualidade aos seus clientes. Se você ainda não as tem, organize a operação para oferecer um serviço de excelência.